Meio ambiente é o foco do blog produzido por alunos do 6º período de Jornalismo da PUC-Campinas, resultado da disciplina Jornalismo On Line.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Cartuns alertam sobre degradação ambiental

Com humor, criatividade e um tom crítico, cartunista realiza
exposição sobre o meio ambiente em Piracicaba 

                                                Kim Belluco
Fotos: Kim Belluco      

Humorista alerta para o perigo da destruição global
Artista faz aquário com os rios Tiête, Panamá: “em extinção”
O desenhista Osvaldo da Costa reuniu 36 de suas obras, produzidas durante 10 anos de trabalho, para abordar o tema meio ambiente numa exposição gratuita, realizada até o dia 2 de outubro, no Museu Histórico e Pedagógico Prudente de Moraes, em Piracicaba. Por meio de cartuns bem humorados, ele aborda desde a destruição do meio ambiente, o aquecimento global até a importância da preservação ambiental. É dessa maneira que Costa utiliza seu talento em benefício do meio ambiente, transmite mensagens e conscientiza as pessoas sobre a necessidade de contribuirem com a preservação do planeta.

Conhecido como “o último desenhista do humor”, Osvaldo da Costa nasceu em São Paulo e teve seus trabalhos publicados em diversos veículos de comunicação, como Revista Exame, O Pasquim, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e A Tribuna (Santos). É professor de produção digital, representação gráfica, tipografia e cor na licenciatura em artes visuais na Universidade Santa Cecília (Santos). Mestrando em Comunicação na Universidade São Caetano do Sul, Costa já participou de várias exposições e ganhou prêmios em diversas delas, como o 18º Salão Universitário de Humor de Piracicaba / UNIMEP - Piracicaba - Prêmio Especial Temático - 2010
O artista optou por desenhos sem legendas, com uma linguagem fácíl, acessível para todos para mostrar animais e homens unidos em favor do reflorestamento. Já sobre a despoluição de mares e rios, fez um paralelo interessante, em um de seus cartuns, onde há pessoas visitando um aquário, mas ao invés de verem peixes deparam-se com o “que restou dos rios e mares do Brasil, sendo um deles o Tiête”, como explica.

Outro desenho marcante é de um homem carregando um mundo ‘sangrando’ nas costas, enquanto o outro varre o chão. Segundo o próprio humorista, esses cartuns têm o intuito de mostrar para as pessoas os cuidados que devem ter com a natureza, com o planeta. Demonstra também que, com pequenos gestos, é possível obter grandes atitudes. “Acredito que meus cartuns possam colaborar com a difusão das ideias de proteção do meio ambiente. Por meio do humor, espero contribuir para maior consciência social em nossa comunidade”, destaca.

O Brasil está entre os países que mais poluem no mundo, contribuindo aproximadamente com 1,3% da emissão total de gás carbônico. E mesmo com essa situação precária, Costa exclama que é possível mudar e acredita que a solução são as crianças. “Elas saberão respeitar a natureza, o que seria o mínimo a ser feito por nós. Mas vamos encarar a vida com mais humor, faz bem para a saúde e para a natureza”.

Projeto visa preservar pau-brasil

Pesquisa da Unesp objetiva plantar espécie em áreas urbanas

Mariana Flório Fenerich

            O pau-brasil - Cesalpinia echinata lam - que pertence ao bioma da Mata Atlântica representa desde a colonização significativa importância econômica para o Brasil, considerada a árvore símbolo nacional.  O projeto de extensão idealizado e coordenado desde 2003 pelo professor Sérgio Valiengo Valeri, da Unesp (Campus de Jaboticabal), visa levar a espécie para as cidades.  ‘Pau-brasil em São Paulo: um exemplo de cidadania e amor a vida’ é desenvolvido com o apoio do doutorando e engenheiro florestal Dan Erico Viera Petit Lobão e do engenheiro agrônomo George de Andrade Sodré. Eles pertencentes ao Ceplac/Cepec (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira/Centro de Pesquisa do Cacau). O Cepec ajuda com o fornecimento de sementes e mudas de pau-brasil, participando também no desenvolvimento de pesquisas com a espécie.     
            A respeito das pesquisas envolvendo o uso do pau-brasil, o professor e presidente da Comissão de Parques e Jardins da Unesp de Jaboticabal, Sérgio Valiengo Valeri afirma que no momento são avaliadas a propagação assexuada da espécie. O processo consiste na produção de clones a partir do enraizamento de estacas no sistema de hidroponia em água oxigenada e que recebe uma pequena quantidade de nutrientes.       
            De acordo com Valeri, desde o início foram produzidas 3 mil mudas e plantadas 300 na Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Unesp, além de 200 mudas em 60 municípios do estado de São Paulo – viveiros e praças públicas - em parceria com o Lions Clube do Brasil. Os recursos são provenientes da Pró-Reitoria de Extensão Universitária, a Proex.       
            A divulgação é feita através de jornais, televisão, endereço eletrônico da faculdade, bem como a divulgação em escolas por meio de palestras realizadas no Viveiro Experimental de Plantas Ornamentais e Florestais da FCAV.              Participam a secretária do Departamento de Produção Vegetal Rosane Aparecida Betioli Innocente, o professor colaborador Rinaldo César de Paula, além de dois bolsistas graduandos em agronomia, Matheus Pozetti Teixeira e Gustavo Rezende Machado, e instituições e equipe de apoio. Teixeira, responsável pela divulgação na comunidade escolar, fala com alunos sobre questões históricas, econômicas e ambientais, e nos meios de comunicação sobre as técnicas de produção de mudas, plantio e condução de povoamentos florestais e urbanos. “Preservar a história é preservar e respeitar a memória do seu povo”, frisa. 
            Teixeira afirma que os alunos podem interagir aprendendo sobre a formação, manuseio e transplante de mudas e comenta ser possível conscientizá-los acerca da dependência da natureza e a necessidade de preservá-la.
O professor Sérgio Valiengo Valeri mostra uma das mudas plantadas na Unesp

Corredor das onças ainda enfrenta problemas


Projeto não foi implantado em determinados pontos da mata por falta de autorização de fazendeiros

Quatro onças morreram atropeladas na região nos últimos seis meses
Por Vinícius Bueno
O projeto que visa à proteção das onças que vivem em uma área de mata que vai da Fazenda Santa Genebra até o Matão ainda encontra dificuldades para funcionar totalmente. A medida que começou a ser implantada no início de agosto deste ano ainda tem áreas de matas ciliares que não foram reconstituídas.
 
A proposta do corredor das onças, incentivado pelo Instituto Chico Mendes e agora com apoio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade, é reconectar fragmentos de florestas que servem de habitat para as onças pardas e outras espécies e preservar a área de circulação. O problema é que determinados pontos da mata passam no meio de propriedades particulares e é preciso a autorização do proprietário.José Antônio Ferreira dono de um sítio na mata São Francisco, em Paulínia, diz que tem receio de atrair os animais para o próprio terreno. “Quem garante que essas onças costumam passar por aqui? Talvez nunca tenham chegado perto da minha casa. Todas elas vão passar por aqui se eu autorizar esse corredor e se uma delas escapar estará perto da minha casa” pondera.

Alguns proprietários rejeitaram a iniciativa alegando que teriam que abrir mão de espaços que poderiam ser usados em plantios ou pecuária. “Esse corredor vai passar em cima de uma plantação de milho que eu tenho. Vou acabar perdendo uns 15% da minha produção” conta o fazendeiro Marcos Silva Rocha.

Para a analista ambiental do Instituto Chico Mendes e idealizadora do projeto, Márcia Gonçalves Rodrigues, os animais são quem mais sofrem nessa demora em implantar o corredor. “Nos últimos seis meses, quatro onças foram atropeladas nas rodovias que cercam Cosmópolis, Sumaré, Campinas e outras cidades. É preciso facilitar o deslocamento das onças e reduzir o número de acidentes, que podem ser fatais não só para os animais, mas também para os motoristas”, alerta.

Depois de um ano e meio de análises, o projeto que rastreou os deslocamentos de dez onças-pardas e prevê um investimento de quase R$ 500 mil até o próximo ano corre risco de não sair do papel. “O projeto é muito detalhado e já tem funcionado nos pontos em que implantamos. A maior dificuldade mesmo vai ser explicar para essas pessoas a necessidade do corredor”, conta a ambientalista.

Para tentar convencer os proprietários, os idealizadores vão ter a ajuda do procurador do MPF (Ministério Público Federal), Paulo Gomes, que apurou as medidas adequadas para a preservação do local. “O procurador vai justamente esclarecer essas dúvidas dos proprietários para que eles não se sintam lesados” explica Márcia.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

CAMPINAS RECEBE MOVIMENTO LIMPA BRASIL LET’S DO IT!

Por Isabela Reis

            Campinas irá receber, no dia 25 de setembro, o movimento Limpa Brasil Let’s do it!. O objetivo do movimento é limpar as ruas da cidade com a ajuda de voluntários que sairão às ruas para retirar os resíduos sólidos descartados irregularmente nas vias públicas. Em Campinas o lixo reciclável coletado será destinado para as cooperativas da cidade.


            O movimento nasceu na Estônia em 2008 e já aconteceu em 20 países, veio para o Brasil com a colaboração da Unesco e pretende mudar o hábito do cidadão de jogar lixo fora do lixo. No Brasil a iniciativa terá duração de até 10 anos em ações bienais e, segundo a coordenadora do movimento em Campinas Edilainne Muniz, a idéia é criar um dia mundial de catação. A primeira ação foi realizada no Rio de Janeiro e reuniu 6,5 mil voluntários que retiraram 17 toneladas de lixo reciclável das ruas; também já ocorreu em Brasília e em Goiânia.

            No dia do movimento, Campinas contará com 25 pontos de entregas que foram definidos junto ao Departamento de Limpeza Urbana (http://limpabrasil.com/blogs /campinas/pontos-de-entrega/)Segundo Edilainne, a expectativa é de 20 mil voluntários para o dia da ação. A população de Campinas já pode se cadastrar para participar como voluntário da iniciativa: é só acessar o site www.limpabrasil.com e fazer a inscrição.

            Os voluntários poderão retirar, na semana anterior à ação, um kit com luvas e sacos confeccionados com matéria-prima renovável em uma agência do Banco do Brasil. Cada saco de lixo entregue nos pontos poderá ser trocado por um ingresso para um show que ocorrerá às 17 horas, após a ação, na Concha Acústica do Parque do Taquaral. A proposta é que os artistas cobrem dos espectadores a limpeza do espaço, propondo que cada um se responsabilize pelos resíduos que produzir e, portanto, realizando uma inovadora ação de conscientização: um show limpo. A abertura do evento será no Largo do Rosário, às 9 horas.


Festival de música incentiva a consciência ambiental entre os jovens

Foto: Arquivo de Lucas Smith

Equipe que venceu a gincana Impacto Zero e levou o prêmio para a Universidade Federal de Alfenas


Por: Lígia Antoniazzi


O próprio nome já diz: Starts With You (Começa Com Você). A expressão se refere à sustentabilidade, tema que atualmente é tão discutido que nem mesmo os festivais de música ficam de fora.

O SWU, com o slogan ‘pequenas atitudes, grandes mudanças’, já nasceu com o intuito de fazer seu público repensar atitudes e agir de forma ecologicamente correta. Em sua primeira edição, realizada em Itu, no ano passado, quatro milhões de pessoas foram mobilizadas em redes sociais a favor da ideologia de preservação ambiental. O movimento de conscientização pela sustentabilidade começou em junho e culminará em três dias de apresentações musicais, em novembro de 2011, em uma fazenda em Paulínia.

A gincana Impacto Zero foi uma das principais iniciativas de mobilização que envolveu estudantes de 20 faculdades do país em um reality show voltado para a conscientização ambiental. Depois de cumprir diversas provas ligadas ao tema, os universitários apresentaram projetos com propostas ecológicas. Os idealizadores do trabalho vencedor ganharam 50 mil reais para desenvolver o projeto.

Segundo Eduardo Fischer, presidente do Grupo Totalcom e idealizador do SWU, a proposta principal da edição de 2011 é, além de continuar redirecionando esforços para a conscientização das pessoas, incentivar a mudança de atitudes. “Daí a iniciativa de criar uma gincana que ajudará uma universidade a viabilizar o seu projeto de sustentabilidade”, diz.

Além da gincana, o movimento SWU também promove palestras em universidades, realiza parcerias com ONGs ligadas à defesa da Mata Atlântica, preservação dos oceanos e reciclagem de lixo. Assim como no ano passado, quem for assistir aos shows será incentivado a pegar caronas, poderá acompanhar o trabalho de catadores de lixo para coleta seletiva e ainda pedalar em bicicletas geradoras de energia.

Para Lucas Smith, integrante do grupo vencedor da gincana Impacto Zero, “o SWU é uma ferramenta poderosa porque atinge o público jovem de uma forma muito atrativa devido ao festival de música e, dessa forma, acaba eliminando o estigma de que ser sustentável é ser chato.”

Depois do festival, a área de realização do evento será transformada em distrito de sustentabilidade, tecnologia e entretenimento. De acordo com Emerson Pereira Alves, secretário de Cultura de Paulínia, o local será usado como piloto para implementação de modelos de desenvolvimento sustentável que possam servir de exemplo para outras cidades.

Reality show ecológico

O projeto de produção de pás eólicas com plástico reciclado, idealizado por 20 alunos do curso de biotecnologia da Universidade Federal de Alfenas (Unifal-MG), foi o vencedor da gincana Impacto Zero, apresentada pelo Multishow e pelo programa Fantástico, de Rede Globo.

Com o prêmio de 500 mil reais, os universitários pretendem botar o plano em prática e começar a produzir os geradores de energia eólica com o plástico de garrafas PET e tubos de PVC que arrecadaram na cidade.

Lucas Smith, integrante do grupo vencedor, conta que, depois da inscrição na gincana, ele e os colegas tiverem muito apoio da universidade, de cooperativas da cidade, de moradores e até de presidiários. “Fizemos uma mobilização muito significativa para conscientizar as pessoas sobre a importância da separação do lixo e reciclagem”, conta.

O projeto deles surgiu a partir da idéia de uma colega de sala que já trabalhava em um projeto de caracterização dos resíduos sólidos do município de Alfenas. “Acreditamos que este projeto irá reduzir consideravelmente os custos de implementação de geradores eólicos, tornando esta tecnologia mais acessível e popular no Brasil, além de dar uma destinação adequada a uma grande quantidade de plásticos descartados”, afirma Lucas. (L. A.)

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Recicláveis enfeitam desfile de sete de setembro


Crianças do CIC Eduardo Von Zuben desfilam de rio poluído e limpo


Por: Bia Von Zuben


Garrafas pet, sacolas plásticas, embalagens reutilizadas, além de bolinhas de sabão e máscaras foram alguns dos materiais levados para a Rua Nove de Julho no desfile de sete de setembro. Os alunos, que desenvolveram os adereços baseados no tema “A fraternidade e a vida no planeta”, levaram para a população a conscientização sobre a preservação e a conservação do meio ambiente.



O CIC Eduardo Von Zuben, localizado no bairro da Capela, que atende hoje aproximadamente 900 alunos, distribuídos entre o Ensino Fundamental I e II, desfilou com alunos vestidos de rio poluído, enquanto outras crianças passaram pela Rua Nove de Julho carregando latas cheias de lixo e foram seguidas por outros, vestidos como rio limpo. De acordo com informações do cerimonialista Mário Pazzinato, a escola decidiu trabalhar a questão ambiental priorizando a importância da água na vida das pessoas. “Trabalhamos a conscientização acerca da economia e uso racional da água”, enfatizou.



Pensando no planeta, os alunos da E.M. Professora Antônia do Canto e Silva Cordeiro focaram nos materiais reutilizáveis para a confecção dos adereços. “Pretendemos demonstrar para os alunos e comunidade geral que tal atitude tende a colaborar com a diminuição de lixo produzido e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida na nossa cidade”, afirmou a diretora Maria Lúcia Zampieri.



A escola Dom Mathias levou para o sete de setembro crianças com bexigas em forma do planeta Terra, além de faixas de conscientização e preservação do meio ambiente, Alguns alunos vestiram-se de árvores e outros de peixe, estes soltavam bolinhas de sabão. Além da fanfarra e das balizas, algumas crianças traziam palavras de ordem, relacionadas ao meio ambiente.



Já as crianças da escola Integração entregaram flores e sementes para o público, lembrando a população que além da preservação é necessário pensar na renovação do meio ambiente. A Escola Municipal Abel Maria Torres levou à rua a frase “Sem transformação não há evolução. Sem evolução, não há vida”, afirmando que o ser humano precisa se conscientizar sobre a transformação de seus hábitos, costumes e valores.



Os funcionários das secretarias de Saúde, Esportes e Lazer e de Cultura e Turismo também desfilaram em defesa da campanha de combate à dengue. Em Vinhedo há campanhas regulares contra o mosquito da dengue.