Meio ambiente é o foco do blog produzido por alunos do 6º período de Jornalismo da PUC-Campinas, resultado da disciplina Jornalismo On Line.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Valinhos adere à campanha “Vamos tirar o planeta do sufoco”

Cidades da RMC participam da campanha que prevê a troca de sacolas plásticas descartáveis por reutilizáveis

Por Isabela Reis

Os moradores de Valinhos não tem mais sacolas plásticas para colocar as compras de supermercado.Isso por causa da campanha “Vamos tirar o planeta do sufoco” lançada pela prefeitura com o apoio da APAS, Associação Paulista de Supermercados. A ideia é substituir as sacolas descartáveis por reutilizáveis, buscando poupar recursos naturais. O prefeito Marcos José da Silva, através da assessoria de imprensa, afirmou que acredita na ação porque propõe uma mudança de comportamento e que a redução das sacolas descartáveis vai facilitar a limpeza do município.
            O movimento surgiu na cidade de Jundiaí em junho de 2010 com a parceria da Prefeitura da cidade e da APAS. A campanha foi pensada com o objetivo de conscientizar a população da necessidade de acabar com o descarte de sacola plásticas no meio ambiente, por causarem enchentes e entupimento de bueiros. 976 toneladas de sacolas plásticas descartáveis pararam de ser distribuídas na cidade em um ano. A população apoiou a proposta e não houve reclamação.
            As pesquisas realizadas em Jundiaí mostraram que 77% dos entrevistados apóiam a não utilização de sacolas descartáveis, através do movimento, 73% não aprovam a volta das sacolas descartáveis e 83% quer a ampliação da campanha para outros tipos de comércio. A pesquisa ainda apontou que as principais alternativas pelos moradores da cidade de Jundiaí para carregar as compras foram as sacolas reutilizáveis, 89%, e as caixas de papelão, 45%.
            Piracicaba recebeu a mesma campanha na última terça-feira, 29, num encontro entre autoridades, associações, sindicatos e donos de supermercados deve marcar a substituição das sacolas descartáveis na cidade.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Indústria quer solucionar o problema do lixo marinho

Objetivo é criar formas eficiente e criativas para que resíduos não cheguem ao mar

Larissa Martins




Líderes das indústrias de plástico de todo o mundo se reuniram em Dubai no dia 17 de novembro para criar um plano de ações para o problema de descarte de lixo nos oceanos. Segundo a assessoria de imprensa da PlasticsEurope, associação empresarial da indústria do plástico européia, cerca de 80% do lixo marinho é resultado do descarte incorreto de resíduos sólidos. Por lixo marinho, considera-se os resíduos que foram acidentalmente ou deliberadamente jogados em lagos, rios, mares ou oceanos. É um problema que vem aumentando e atrai atenção do mundo todo.

A Declaration for Solutions on Marine Litter descreve um plano de ações adotado por 54 indústrias, que entrará em vigor em 2012. Até agora, aproximadamente 100 projetos em 32 países em todo o mundo.

De acordo com informações da assessoria de imprensa, o documento define um conjunto de objetivos para a indústria e defende uma cooperação ampla com várias empresas para alcançar progressos na redução dos danos ao ambiente marinho. Foram definidos compromissos como promover a aplicação de leis existentes para prevenir o lixo marinho e trabalhar para recuperar mais produtos plásticos para reciclagem, contribuir para soluções com parcerias público-privadas que tenham como objetivo a prevenção de descarte de detritos no mar e trabalhar junto com a comunidade científica para entender e avaliar melhor os impactos e soluções para o problema.

Alguns projetos e iniciativas nas quais as indústrias então envolvidas estão em vigor. Elas incluem: Vacances Propres, na França; Keep America Beautiful, nos Estados Unidos; Cool Seas, no Reino Unido e International Coastal Cleanup na África do Sul.

Praias do Litoral Norte perdem qualidade para este verão

Estudo da Cetesb diz que praias do Litoral Norte estão com sua balneabilidade prejudicada


Luara Oliveira
Algumas das praias mais procuradas para o verão estão impróprias

Um dos destinos mais procurados do verão no Estado, as praias do Litoral Norte, deixaram de ser consideradas excelentes e ótimas. Um estudo elaborado pela Cetesb (Companhia Ambiental de São Paulo) aponta piora na qualidade da balneabilidade das praias da região, monitoradas pela companhia nos últimos anos. Das 77 praias monitoradas pelo estudo, 58 receberam classificação anual de regular ou ruim.

Segundo João Millaneli, da Cetesb de Ubatuba, um dos fatores que contribuíram para a queda da qualidade das águas litorâneas é a falta de saneamento básico. “A rede de esgotos disponíveis para a população do litoral norte aumentou significativamente nos últimos anos. Atualmente cerca de 50% da população é atendida”. A piora ocorreu principalmente em Ilhabela e na costa sul de São Sebastião, onde estão as mais badaladas praias do Litoral, como Maresias, Boiçucanga, Camburi, entre outras. “Na Ilha, talvez pela dificuldade de levar infraestrutura de saneamento em localidades isoladas e na costa sul ocorreu aumento do fluxo populacional entre outros fatores”, explica Millaneli sobre as regiões que foram consideradas piores.

De acordo com o estudo, Ubatuba ainda é o litoral mais preservado. O município está mais distante da Capital e talvez receba menos fluxo de turistas, o que ajuda a preservar a qualidade das águas. Caraguatatuba também apresentou sensível melhora nas praias, mas ainda assim as duas cidades ainda possuem pontos críticos. Para Millaneli esse estudo é um sinal de alerta para as cidades do litoral. “Os municípios devem prioritariamente investir para que as residências e endereços façam suas ligações na rede pública da Sabesp, quando disponível”, completa.

A Sabesp tem feito investimentos e desenvolve um plano para acabar com a poluição. “As ações estão centradas no Projeto Onda Limpa, que prioriza a construção de redes públicas e estações de tratamento de esgotos. Hoje existem 16 estações em operação e várias em construção”. Para aqueles que pretendem ir à praia no verão, a Cetesb avisa: o turista deve respeitar as bandeiras de balneabilidade para que evitem contrair doenças de veiculação hídrica ligadas a presença do esgoto. Caso o turista queira mais informações sobre quais praias estão impróprias, deve acessar o site da Cetesb, www.cetesb.sp.gov.br

domingo, 4 de dezembro de 2011

Reuso de água não agride o meio ambiente e ainda diminui custos

Água de reuso é uma alternativa para diminuir a poluição dos rios

Sistema de captação da água de reúso
Adriano Peternella

                Em São Paulo, existe um projeto de lei que pretende obrigar que prédios e condomínios tenham um sistema para captar a água das chuvas e reaproveitá-la para usos conhecidos como "menos nobres". O professor Ivanildo Hespanhol, diretor do Centro Internacional de Referência em Reuso de Água (CIRRA), aponta que o reuso de água é um investimento de retorno rápido porque existe um custo inicial, mas depois é possível obter a economia de água. 

Segundo ele, os custos do processo de tratamento e reuso da água variam dependo do tipo e da intensidade poluição. Mas, em média, giram em torno de R$ 200 mil e R$ 1.5 milhão. “Se imaginarmos que o preço da água em São Paulo é de R$ 10 por m3, a água de reuso teria o preço de R$ 1 pelo mesmo m3. Além de que um sistema como esse tem uma vida útil de 20 anos o que comprova sua viabilidade”, sustenta. 

                Usos menos nobres de reuso são aqueles não potáveis para os quais a água não estará em contato com as pessoas. Como para descargas, irrigação de jardins, uso em mictórios, lavagem de pisos ou até para resfriamento de equipamentos industriais que geram bastante calor.  Para estes fins a água também pode ser reutilizada, após passar por uma pequena estação de tratamento de efluentes (que retira os resíduos fluidos provenientes das diversas atividades humanas, para que essa água seja descartada no meio ambiente), a própria água resultante dos usos mais nobres como a água do banho por exemplo.

Segundo a Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (SABESP), a cada litro de água de água reuso que for utilizado seja nas residências ou nas indústrias será economizado um litro de água potável, que não precisará ser retirado das reservas naturais. Tanto que a própria Sabesp oferece este serviço de águas de reuso para empresas que é uma alternativa mais barata tanto para empresa quanto para quem gasta menos com o tratamento dessa água.

Jovens inventam nova técnica para armazenar alimentos

 Para facilitar a vida de quem vai a praia, jovens cientistas utilizam células que transformam energia solar em elétrica

 Por Mariana Cruz

Transformar um problema de saúde em uma oportunidade de aprendizado e negócio. Foi o que estudantes do ensino médio da ETEC “Trajano Camargo” de Limeira fizeram. A líder do grupo, a estudante Deborah Regina Zamoner, 16 anos, possui restrição com alimentos mal armazenados, e propôs algo como uma geladeira movida à energia solar.

Aparentemente tratada como uma ideia maluca, o projeto batizado de “Gela no sol” vem para facilitar a vida das pessoas que vão à praia para a famosa “farofa” e levam o isopor ou o cooler, mas não conseguem manter os alimentos na temperatura ideal. “Firmamos nosso objetivo em ter uma geladeira alimentada por energia solar. Sabe-se que as placas com células fotovoltaicas tradicionais têm esse poder, mas são constituídas de silício e custam caro”, explicou a estudante.

Para causar um verão “eletrizante”, as meninas identificaram num método simples, o da fotossíntese, uma oportunidade de desenvolver células fotoeletroquímicas baseadas num corante sintético que transforma uma parte da energia solar em energia elétrica. Essas células teriam a mesma função das caras fotovoltaicas, mas nesse caso a um custo menor.

Uma bolsa térmica que já é vendida no mercado virá acompanhada de uma bateria alimentada pela energia solar por meio da placa desenvolvida pelo grupo. Isso custaria R$400, ao passo que a convencional, R$1.200. “Foram substituídas as células tradicionais de silício pelas fotoeletroquímicas, as quais utilizam o método da fotossíntese como meio de fabricação de energia, porém não fazendo uso da clorofila como corante principal e sim de um específico (no caso a groselha) para que, com o semicondutor, gerasse energia elétrica.” complementou uma das integrantes do grupo, Daniele Casimiro Verzenhassi.

A energia solar ainda encontra obstáculos em relação a custos. Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina mostraram que, entre 2012 e 2013, em algumas regiões do Brasil a energia solar proveniente de células fotovoltaicas poderão ter preços equivalentes aos da energia elétrica utilizada atualmente. As estudantes veem no projeto e no mercado a chance de se projetarem e firmar parcerias para avançarem. “Nós estamos com a pesquisa em desenvolvimento e obtendo melhores resultados a cada teste, objetivamos parcerias para dar continuidade na finalização da placa com o conjunto de células necessárias.”, finalizou Deborah.

De óleo de cozinha a combustível

Em Hortolândia, cooperativa transforma óleo de fritura em biodiesel, gera renda e ajuda na preservação ambiental


Folders do projeto buscam envolver e conscientizar a população
“Não frite o meio ambiente. Doe seu óleo usado”. Com essa frase, a Cooperativa de Biodiesel Hecovisão, em Hortolândia, busca conscientizar a população a doar o óleo utilizado em frituras. Por meio de um processo químico o óleo de soja é transformado em biodiesel.

Atualmente, a cooperativa coleta de 30 a 50 mil litros de óleo por mês. O óleo coletado passa primeiro por uma espécie de peneira para retirar os restos de farinha e outros resíduos. Para garantir a limpeza, o óleo descansa e depois é esquentado. Num processo químico, adicionando catalisador e um tipo de álcool, o que antes era óleo de soja se transforma em biodiesel e, ainda, dá para extrair glicerina do produto durante o processo.

A ideia da usina de reciclagem do óleo de cozinha partiu de dois amigos moradores de Hortolândia: Marcos Roberto Valêncio, formado em Economia pela PUC-Campinas e Adriano Godoy Luiz, graduado em Administração pela Faculdade Hoyler. O projeto começou a ser divulgado em escolas. “O filho do Adriano comentou com o pai que a escola promovia palestras sobre meio ambiente e pediu ao pai para que fizesse o mesmo com a reciclagem do óleo. Através das crianças buscamos conscientizar a população.”, conta Valêncio.

Valêncio um dos autores do projeto; ao fundo como o óleo fica no decorrer do processo de transformação
Em Hortolândia, em cada semana do mês uma região da cidade é visitada por um carro de som que recolhe o óleo guardado pelos moradores. Pontos de coleta em escolas, nos parques ecológicos da cidade e em igrejas foram implantados. Condomínios e restaurantes também são visitados. No entanto, outros locais da Região Metropolitana de Campinas, São Paulo e até Minas Gerais são doadores de óleo.

A recente parceria com igrejas ajuda a divulgar a reciclagem
Benefícios- Para Valêncio, tanto a população como os cooperados são beneficiados pelo trabalho. “A população ganha, pois destina o óleo de maneira correta, além de contribuir com a preservação ambiental. Os cooperados ganham, já que, tem a oportunidade de dobrar a renda. Mas, o melhor é saber que estamos fazendo o bem, a satisfação é o que vale mais”, afirma. 

Este projeto ajudou a dobrar a renda dos cooperados. Se antes, coletando plásticos e outros materiais ganhava-se em média R$240, hoje o ganho é em média de R$700. A intenção é de que, futuramente, cada cooperado consiga mil reais de renda. O biodiesel tem destino certo: uma empresa do ramo de fundição, que fabrica luminárias compra o combustível.

Serviços- Para quem se interessou e quer contribuir basta ligar para Disk óleo: (19) 3845-7401 ou mandar e-mail para coleta@hecovisao.com.br