Meio ambiente é o foco do blog produzido por alunos do 6º período de Jornalismo da PUC-Campinas, resultado da disciplina Jornalismo On Line.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Jovens inventam nova técnica para armazenar alimentos

 Para facilitar a vida de quem vai a praia, jovens cientistas utilizam células que transformam energia solar em elétrica

 Por Mariana Cruz

Transformar um problema de saúde em uma oportunidade de aprendizado e negócio. Foi o que estudantes do ensino médio da ETEC “Trajano Camargo” de Limeira fizeram. A líder do grupo, a estudante Deborah Regina Zamoner, 16 anos, possui restrição com alimentos mal armazenados, e propôs algo como uma geladeira movida à energia solar.

Aparentemente tratada como uma ideia maluca, o projeto batizado de “Gela no sol” vem para facilitar a vida das pessoas que vão à praia para a famosa “farofa” e levam o isopor ou o cooler, mas não conseguem manter os alimentos na temperatura ideal. “Firmamos nosso objetivo em ter uma geladeira alimentada por energia solar. Sabe-se que as placas com células fotovoltaicas tradicionais têm esse poder, mas são constituídas de silício e custam caro”, explicou a estudante.

Para causar um verão “eletrizante”, as meninas identificaram num método simples, o da fotossíntese, uma oportunidade de desenvolver células fotoeletroquímicas baseadas num corante sintético que transforma uma parte da energia solar em energia elétrica. Essas células teriam a mesma função das caras fotovoltaicas, mas nesse caso a um custo menor.

Uma bolsa térmica que já é vendida no mercado virá acompanhada de uma bateria alimentada pela energia solar por meio da placa desenvolvida pelo grupo. Isso custaria R$400, ao passo que a convencional, R$1.200. “Foram substituídas as células tradicionais de silício pelas fotoeletroquímicas, as quais utilizam o método da fotossíntese como meio de fabricação de energia, porém não fazendo uso da clorofila como corante principal e sim de um específico (no caso a groselha) para que, com o semicondutor, gerasse energia elétrica.” complementou uma das integrantes do grupo, Daniele Casimiro Verzenhassi.

A energia solar ainda encontra obstáculos em relação a custos. Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina mostraram que, entre 2012 e 2013, em algumas regiões do Brasil a energia solar proveniente de células fotovoltaicas poderão ter preços equivalentes aos da energia elétrica utilizada atualmente. As estudantes veem no projeto e no mercado a chance de se projetarem e firmar parcerias para avançarem. “Nós estamos com a pesquisa em desenvolvimento e obtendo melhores resultados a cada teste, objetivamos parcerias para dar continuidade na finalização da placa com o conjunto de células necessárias.”, finalizou Deborah.

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