Meio ambiente é o foco do blog produzido por alunos do 6º período de Jornalismo da PUC-Campinas, resultado da disciplina Jornalismo On Line.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

A polêmica do portal

por Nádia Macedo
Foram utilizados 760 mil reais para trazer à realidade o portal da cidade de Americana, deste montante 71% foi investimento do governo federal. Depois de pronto, o portal tem trazido descontentamento diante dos munícipes. Para quem não o conhece, imagine então duas estátuas nuas e obesas, cada uma de lado da avenida Antonio Pinto Duarte, segurando um arco sobre esta via.
O portal era para ser de boas vindas, o orgulho da cidade. No entanto, os moradores de Americana estão contrariados, o que deveria ser um cartão postal da cidade, virou motivo de vergonha. Para os conservadores a obra é um atentado ao pudor, e para os outros é apenas muito feio.


Divulgação



O americanense e estudante de direito Renan Faria expressa rapidamente o que sente em relação ao portal: “Essa entrada é horrível.” Já para comerciante Maurício Fernandes o dinheiro foi mal investido. “A cidade precisa de investimento em vários outros setores, como saúde e educação. Gastou muito dinheiro pra obter uma obra que causa revolta entre os moradores.”
A ideia do artista era retratar a seguinte situação: as duas figuras do monumento representam a força do imigrante, já o arco que seguram faz alusão a um pedaço de tecido, pois a cidade de Americana é um pólo têxtil.
O portal da Princesa Tecelã é um dos últimos atos da antiga administração de Americana e, agora, a nova administração esta em dúvida sobre o que fazer com o portal considerado constrangedor por muitos moradores.
Os americanenses que não foram ouvidos antes da construção, agora podem dar a opinião sobre o assunto por meio da enquête que está na internet realizada pelo conselho de cultura da cidade. Para a diretora da Secretaria de Cultura e Turismo de Americana, Maria Amera Moscon a enquete é a melhor saída. “O portal causa um certo desconforto e, para resolver a situação de uma forma mais definitiva, o conselho de cultura fez uma proposta de buscar a vontade popular”. A diretora revela, ainda, o próprio incomodo em relação ao portal. “Como cidadã eu falo que me incomoda termos como representação os gordinhos na entrada”.

Divulgação

Apesar de parecer fácil acabar com a obra, o presidente da OAB de Americana, Guilherme Martins Maluf, revela as dificuldades. “O principal é analisar o dinheiro público que,já foi gasto dinheiro. Agora é conviver com a obra e investir em outros setores.”

Conheça a enquete realizada pelo Conselho de Cultura através do site:

http://www.concult.org.br

Um comentário:

Vania disse...

Estudo em Americana e sou de Paulínia... A unica coisa que tenho a dizer, é que falta muito para eles aprenderem a fazer portais como nós.