Meio ambiente é o foco do blog produzido por alunos do 6º período de Jornalismo da PUC-Campinas, resultado da disciplina Jornalismo On Line.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Professor de fisiologia e biofísica da Unicamp combate queimadas

Número de queimadas aumenta 71 % em todo o Estado de São Paulo

Ana Carolina P. Aguilar


O professor em uma de suas ações na Rodovia D.Pedro I, em Campinas

Em Campinas, durante o mês de agosto, foi registrado um número três vezes maior de queimadas em relação ao mesmo mês do ano passado. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inep), em 2009, foram registrados nove focos de incêndio contra 28 em 2010. Porém, esse número não cresceu apenas na região de Campinas, mas em todo o Estado de São Paulo: no período de janeiro a agosto, os focos aumentaram 71%.
Quem sofre mais com o problema das queimadas é o meio ambiente e a saúde. Queimadas podem causar problemas respiratórios, além de atingir as condições de tempo, trazendo assim a variação de temperatura e prejuízos na agricultura. Tendo isso em mente, o professor de fisiologia e biofísica, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Edson Delattre, ganhou o apelido de ‘Doutor Queimada’ por apagar as queimadas que encontra pela frente com um galão de 20 litros, que carrega em seu carro. “É uma ação baseada em uma intuição anarquista, não tem organização. Eu me identifico nos últimos anos como ING, indivíduo não governamental”, diz.
Edson Delattre iniciou essa prática quando estudou o quanto a fumaça faz mal a saúde e também, pelo fato de sua filha e sua ex-mulher sofrerem de asma. Doença agravada com a fumaça emitida nas queimadas. O professor distribui panfletos e tem como objetivo incentivar a prática voluntária das pessoas.
Segundo ele, no Brasil, é necessário que haja pessoas que façam o país melhorar e finaliza: “você precisa ter um ancinho na mão, um tridente na outra e um fórceps entre os dentes para sair na batalha”.
O professor luta contra a prática das pessoas de incendiar lixos, terrenos, folhas e madeiras há 11 anos. E diz que nunca viu ninguém ser preso por promover queimadas. “Isso é crime”, frisa..
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 2 a 3,5 milhões de pessoas morrem intoxicadas por fumaça no mundo. No Brasil, o número é de 4 mil anualmente.
Para conhecer melhor o trabalho e o grupo de voluntariados que acompanha o professor Edson Delattre é só entrar no site: http://www.queimadasurbanas.bmd.br/


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