Meio ambiente é o foco do blog produzido por alunos do 6º período de Jornalismo da PUC-Campinas, resultado da disciplina Jornalismo On Line.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Biocombustíveis: uma solução renovável

Mariel Ottati Marte

Como alternativa ao uso de combustíveis fósseis, a Universidade Estadual de Campinas desenvolve várias pesquisas com o objetivo de criar uma fonte de energia viável e renovável. Na Faculdade de Engenharia Agrícola, o curso de pós-graduação em Biocombustíveis, criado em 2008, aprofunda as pesquisas para que possam ser aplicadas em um futuro próximo, como forma de aliviar os impactos ambientais provocadas pela queima de combustíveis fósseis.
De acordo com o coordenador de pesquisas da FEAgri, Antônio Maciel, as vantagens dos biocombustíveis são inúmeras. “A primeira e principal vantagem é que estes combustíveis são processados a partir de matéria prima renovável, ou seja, o gás carbônico eliminado pela combustão é reabsorvido pela própria planta que dará origem novamente ao combustível”, afirma.
Outra vantagem em relação aos combustíveis fósseis é que o combustível de origem vegetal libera em média 40% menos gases nocivos ao meio ambiente como, por exemplo, dióxido de enxofre e alguns óxidos de nitrogênio, além do próprio CO2 que volta para o ciclo da matéria prima do bicombustível.
Além disso, o manejo e transporte do combustível vegetal trazem menos risco para a sociedade, como os desastres ecológicos que aconteceram recentemente. Apesar de todas as vantagens dos biocombustíveis, o custo de produção ainda é elevado em relação à produção de gasolina e diesel a partir do petróleo. Em contrapartida, a tendência é a redução das reservas petrolíferas por meio sa superexploração e, assim, o custo tende a aumentar gradativamente.
No Brasil os principais componentes da produção de biodiesel e etanol são a soja e a cana-de-açúcar, sendo que 95% da produção de soja está direcionada para o mercado de óleo vegetal de consumo humano. A substituição das culturas de produtos alimentícios pela soja e a cana, por exemplo, é que a monocultura extensiva modifica toda a estrutura do solo enfraquecendo-o e elevando os custos de recuperação da terra para o próximo plantio. Ou seja, do ponto de vista ecológico este tipo de cultura é altamente agressivo ao meio ambiente. O país possui em abundância terras cultiváveis e mão-de-obra relativamente barata, mas a preocupação é com o futuro próximo. “A produção de bicombustíveis começa a prejudicar o meio ambiente e perde a sua essência”, afirma Maciel.
Hoje se pesquisa mais sobre matérias primas para a obtenção de biodiesel: a viabilidade econômica, social e o custo de produção influenciam diretamente na escolha do melhor caso para a utilização no processo de fabricação do bicombustível. Os trabalhos mostram que o caroço de algodão é mais competitivo entre produtos avaliados.
O pesquisador da Escola de Engenharia de São Carlos, Vitor Tedesco, é pós-graduado em biocombustíveis pela Unicamp e afirma que o trabalho tem por objetivo integrar a sociedade ao meio ambiente, numa evolução sustentável. Um exemplo é a obtenção de biodiesel a partir de óleo de cozinha descartado, reciclado e transformado em bicombustível. “Conseguimos reciclar o óleo saturado e melhoramos o rendimento da transformação de 86 para quase 95%, ou seja, cada litro de óleo saturado rende 950 ml de biodiesel”, compara.


Um comentário:

Anônimo disse...

mentir fonte pode? Sou da Feagri e não tem nenhum "pós-graduado em biocombustível" aqui chamado Vitor Tedesco. E sim um ex-aluno de agrícola jubilado.