Meio ambiente é o foco do blog produzido por alunos do 6º período de Jornalismo da PUC-Campinas, resultado da disciplina Jornalismo On Line.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Ganhando com o lixo

Maíra Bentim

Saber que o meio ambiente está sendo cada vez mais degradado e poluído já não é o suficiente. Outras medidas tornam-se necessárias e, neste quadro, a reciclagem está cada dia mais presente na vida dos brasileiros.
O Brasil, mesmo quando comparado a alguns países desenvolvidos, apresenta elevados índices de reciclagem de materiais. Segundo dados da Associação Brasileira de Embalagens (ABRE), os produtos campeões de reciclagem no país são as latinhas de alumínio (95,7% da produção nacional) e o papelão (79% do total consumido), superando países como Estados Unidos, Alemanha e Japão. O aço, as garrafas PET, vidros, papel, embalagens longa vida e plásticos também estão no ranking nacional de reciclagem, com índices que variam de 16,5% a 70% do total destes materiais reciclados.
A Prefeitura de Campinas possui um programa de coleta seletiva do lixo desde 1992. Até 2001, todo o material coletado no município era pesado e doado ao Fundo Social de Solidariedade. Desde então, o reciclável recolhido passou a ser doado a cooperativas de reciclagem: são 14 cooperativas legitimadas na cidade que reciclam uma média de 350 toneladas de material por mês.

Reciclar o lixo, além de ser um ato de consciência ambiental, pode também gerar renda. A Cooperativa de Reciclagem Barão, localizada no bairro Real Parque, é uma das legitimadas pela Prefeitura em Campinas. Resultado de um projeto de governo do ex-prefeito Toninho, a cooperativa existe há nove anos e conta com 23 trabalhadores.
Segundo a presidente Rosane de Ávila, o trabalho realizado na cooperativa gera, em média, cerca de R$ 600 mensais, quantia que é dividida entre todos os cooperados. “Tudo dependa da época, já chegamos a ganhar até R$ 800. Mas agora, quando vai chegando o final do ano, o material começa a vir muito sujo e perde a qualidade, e aí o preço dele cai também”, diz.
Rosane também explica como funciona a parceria com a Prefeitura. “Eles doam o material e pagam o aluguel do barracão, que a gente usa como depósito. Mas o aluguel do terreno ao lado, que é necessário para que todo o material seja armazenado, é pago pela própria cooperativa”. O aluguel mensal é de R$ 1780, incluindo o valor do IPTU.

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