Meio ambiente é o foco do blog produzido por alunos do 6º período de Jornalismo da PUC-Campinas, resultado da disciplina Jornalismo On Line.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Irmãos transformam lixo em renda

Dupla vende artesanato de material reciclado em Barão Geraldo

Francisco Valle



Retirar o lixo da rua e transformar em produtos de artesanato para venda, esse é o trabalho dos irmãos José Antônio Costa, de 21 anos, e Moacir da Silva Costa, de 27.
Moradores do bairro Costa e Silva, os dois estão no ramo há 3 anos e escolheram Barão Geraldo para vender suas obras por acreditarem que o perfil dos estudantes universitários é o adequado para a compra dos produtos. “Nós vendemos nossos artesanatos para os estudantes, pois em geral são os que gostam mais desse tipo de coisa”, diz José, que ainda explicou que de segunda à sexta-feira eles ficam em frente ao restaurante universitário da Unicamp (bandejão) e de final de semana optam por trabalhar no cruzamento entre as avenidas 1 e 2 do distrito.
A especialidade dos irmãos é o jornal que, de forma criativa e bem trabalhada, acaba virando porta papel e lápis, bem como outros objetivos de escritório. Além disso, ainda trabalham com garrafas e qualquer outro tipo de material que possa virar bolsas, carteiras ou simples enfeites.
Sobre os reflexos do serviço no meio ambiente, Moacir acredita que o trabalho é pequeno, mas pode incentivar e mostrar ao outros como ganhar dinheiro de forma correta e em prol da natureza. “Temos um primo que trabalha num galpão de reciclagem e ele nos deu a idéia, vendo que estávamos desempregados. Também ele nos dá a maioria da matéria prima, sempre separa umas garrafas, jornais e até alumínio que vão virar nossos produtos”, disse.
Já para o irmão mais novo, José Antônio , não é só na conscientização que o valor da preservação está empregado. Segundo ele, mesmo com poucos materiais é possível retirar parte do lixo da rua e ajudar na limpeza da cidade. “Estamos deixando as ruas mais limpas e produzindo produtos úteis sem estragar o meio ambiente. Além de ganhar nosso dinheiro, tiramos de circulação o jornal que demora para se decompor”, explicou José. O jornal demora em média 6 meses para se decompor.
A estudante de arquitetura da Unicamp Ângela Bueno, após suas refeições, sempre dá uma olhada nos produtos da dupla. “São bem bonitos e detalhados”, avalia a garota de 23 anos que confessa sempre comprar. “Além de úteis para mim e para a natureza ainda proporcionam renda para pessoas como estas”, cometa.

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