Meio ambiente é o foco do blog produzido por alunos do 6º período de Jornalismo da PUC-Campinas, resultado da disciplina Jornalismo On Line.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Empresas reaproveitam recursos de forma sustentável

Otimizar fontes de energia naturais, uso do etanol e de entulho estão na lista de quem tem selo verde

Mariana Cruz

Muito mais que estar de bem com o meio ambiente, as construções sustentáveis apresentam fator lucrativo, além de garantir o selo verde e aparecer bem na mídia. Um empreendimento ecológico pode gerar a economia de pelo menos 30% em energia, 60% de resíduos sólidos, 50% de água e diminuição de 30% nas emissões de gases de efeito estufa. Esses números são possíveis, segundo o Green Building Council Brasil, instituição que cede o selo verde LEED (Leardship in Energy and Enviromental Design) para empreendimentos com alto desempenho ecológico.

 Foi pensando nesse selo que a empresa de logística reversa de Jundiaí, a Reversa Soluções Logística nega a máxima popular de que em casa de ferreiro, o espeto é de pau. A corporação responsável por destinar resíduos da forma mais adequada está instalada um condomínio empresarial certificado pelo selo verde LEED. “Seria uma contradição não estarmos localizados em um condomínio ecológico, essa foi uma das nossas maiores preocupações”, ressaltou o diretor executivo Luiz Martinez.

O condomínio incentiva o uso de bicicletas e destina vagas preferenciais a carros movidos a etanol. Esses automóveis ficam mais próximos dos escritórios. Outra ação que rendeu o selo verde no empreendimento é o armazenamento da água da chuva e o uso de energia natural. “Estimamos diminuição de energia elétrica no horário de verão, nossos galpões utilizam o máximo de luz solar”, completou ele.

São iniciativas como essas que colocam o Brasil em 5º lugar no ranking dos países que possuem a maior quantidade de empreendimentos sustentáveis, somando 23, segundo o Green Building Council Brasil.

As construções sustentáveis podem ser aplicadas em qualquer ambiente. Prova disso é que a escola pública Escola Estadual Erich Walter Heine no Rio de Janeiro é a primeira da América Latina a receber o selo verde. Outro exemplo é o estádio de futebol de Salvador, reformado para a Copa do Mundo de 2014, que terá muito do prédio demolido. Noventa por cento das 77,5 mil toneladas de concreto e aço gerados com a demolição foram reaproveitadas na construção da Arena Fonte Nova, além da utilização de lâmpadas com maior eficiência e durabilidade resultando numa economia de 35% de energia elétrica.

Para o fundador e presidente do CLRB (Conselho de Logística Reversa do Brasil), Paulo Roberto Leite, as empresas estão realmente mais preocupadas com o quesito sustentabilidade. “Não é só marketing verde, as corporações têm percebido que é preciso repensar. Quem não se preocupar com isso, será punido pelo próprio consumidor que está mais exigente”, finalizou ele.

Nenhum comentário: